10 janeiro, 2012

 

Ver-te à 1h da manhã no metro; a minha irmã disse que era coincidência. E sabes a minha resposta? As coincidências não existem.
Agora entendo a força que o nosso pensamento e que as nossas memórias/recordações podem alcançar. Passei, sem exagero, o jantar quase todo a pensar em ti, em como estavas e no que me tens feito ao longo deste tempo, e tu apareces assim sem avisar, apenas para deixar mais uma marca, para criar um vazio enorme dentro de mim ao saíres na estação anterior à minha. A verdade é que quanto mais queremos reprimir as saudades que temos de alguma coisa ou de alguém, o tempo encarrega-se de nos trazer com o vento do passado as provas vivas da sua existência à frente dos nossos olhos. E para não bastar, para além de fazer já parte do coração, entra de novo na nossa vida. 
Mas achas que te deixei penetrares na minha cabeça, nos meus pensamentos e trazer-me pensamentos sem fim durante dias a fio? Não, desta vez não. Arranjei, com a ajuda da minha irmã, coisas positivas do sucedido. Sim, porque existe um lado positivo em tudo. Mesmo no próprio sofrimento. Se hoje estamos a sofrer, amanhã podemo-nos vir a sentir melhor, e o bem-estar dá-nos força para nutrirmos amor próprio dia após dia. Mas recuperando a acção anterior: sabes o que conclui? Que estou preparada para ficar sem ti. Tive coragem suficiente para não ir atrás de ti no metro, e sair na paragem a seguir. Basta respirar fundo e saber trazer à memória as coisas mais importantes da nossa vida e o que sabemos que não nos vai fazer mal, nem nos procurar com o intuito de nos deixar momentos logo a seguir.
Aprendi que há mais para além de ti, e eu vou viver. Acredito que um dia consiga voltar a sonhar, porque sonhar é preciso, e quem sonha, concretiza.

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