20 novembro, 2011

17

Eu não sabia onde estava. Se me perguntares agora, continuo sem saber. O tempo corre e passa por mim como se eu nao fizesse parte do seu caminho. Quero-me deixar levar pela maré, mas existe uma espécie de âncora que me dificulta os movimentos.
Tu és o meu mar. Envolves-me o corpo todo, e tu sabes como adoro estar repleta de água. Sinto-me bem quando estás em mim. Mas, por favor, dá-me ondas. Deixa-me nadar. E se nadássemos juntas? Que me dizes? Sei que tens medo. Não vemos nada à nossa volta, mas ficarmos paradas é morrer, e isso não torna saudável este vínculo que temos entre nós. Os perigos existem, é certo. Mas a vida é vivida com aventuras e às vezes faz bem arricarmos, desde que não desistamos devido aos contra-tempos que daí surgirem.
Preciso de te falar. Lembrar-te (me) que o caminho não está feito. Somos nós que o construimos.
Sabes, na verdade, nós não vivíamos nem vivemos num mundo à parte. O que nos caracteriza é a nossa capacidade de criarmos uma esfera privada na qual só nós temos acesso. E sabes outra coisa que jamais irás ter a certeza? Sinto muito a tua falta. Tenho saudades tuas.
Posso ter uma borracha na mão, mas não a quero utilizar aos poucos. Quando, e se esse dia chegar, aí não irei apagar nada. Apenas "deixar para trás". Infelizmente ou felizmente (depende, e tu sabes) estás sempre presente em mim; com ou sem pulseiras, anéis, roupa, olhares, beijos, jogos, conversas alheias...enfim, nada disto é preciso para te sentir dentro de mim.
Cada passo que dou relembra-me os que dei para ti e faz-me querer voltar a dá-los. Sinto falta do meu porto seguro. Honestamente, deixas saudade.
Um beijo,

Sem comentários:

Enviar um comentário